sábado, 21 de abril de 2018

A GRANDE VÍTIMA


Pare de se fazer de vítima! Assuma quem você é, enfrente o mundo  e seja você mesmo! As pessoas só vão respeitá-lo se perceberem a sua coragem e simplicidade no viver. O resto é seguir pedindo esmola por um pouco de atenção e de aceitação!




Aprendemos muitas vezes a dissimular com nossos pais quando ainda somos pequenos e  em muitos casos levamos isso para toda a vida, mas irá depender de como fomos educados.
“A Grande Vítima” é  apenas um indicativo de que muitas vezes escondemo-nos por de trás das máscaras do ego, a fim de não encararmos a nós mesmos. Quando fugimos somos pegos em flagrante por nossa irmã consciência, a culpa gerada no íntimo de cada consciência vai só acumulando. Mentimos, negamos, inventamos desculpas, acusamos os outros por nossos erros, sabotamos...

Mas donde vem isso e qual a origem em nossa história?  Vem na maioria das vezes da infância terrena, quando crianças por medo da repreensão materna ou paterna, éramos “obrigados” a entregar o irmão bagunceiro para não irmos para o castigo juntos. Ou em muitos casos, mentíamos num ato desesperado colocando a nossa culpa no caçula visando escapar do castigo.
A grande maioria de nós que assim agiu no passado se não fomos corrigidos a tempo, crescemos aprendendo  que mentir “poderia ser uma saída” para escaparmos das punições de nossos pais. Entendiam os mais confusos que dissimular para salvar a própria pele, poderia ser o gande pulo do gato, em muitos casos. Manipular o pai, a mãe, os irmãos, os colegas da vizinhança, os avós, no final nos dava uma sensação de “vantagem”.
Quando já adultos sem abandonar essa mania, passamos muitas vezes a adotá-la nas pequeninas coisas do nosso cotidiano no afã de escapar dos constrangimentos. Vamos adotando frases que levam o outro a imaginar o o falso e nos tornamos bons atores com o passar do tempo. Lamentavelmente, de  acordo com a necessidade de fugir da realidade sobre nós mesmos nem percebemos que adoecemos moralmente, fugindo do enfrentamento e em muitos outros casos (mais graves) da realidade.
Não fui eu! Não foi bem assim... Eu posso explicar... Eu nunca minto!
Se tudo em nossa vida fossem as pequeninas e “inocentes” mentiras, estaria  tudo ótimo! Entretanto, fazemo-nos de vítimas do mundo para que tenham por nós compaixão. Na  maioria das vezes que assim agimos, desejamos mesmo é nos livrar do lixo que produzimos e culpar o outro para aplicar-lhe uma falsa lição. Desejamos fugir das nossas responsabilidades da forma mais infantil possível, mas essa é uma estratégia pobre que um dia cai por si só.
Mas o que realmente pensamos sobre os companheiros de caminhada que assim procedem? E o que pensamos de nós mesmos?
Em muitos casos passamos a perceber a fraqueza, o medo e a Incapacidade de assumirmos a própria culpa.
Sem os julgamentos antifraternos é preciso afirmar que as vítimas do mundo tornam-se pessoas fracas. Passam a vida defendendo-se de tudo, deixando de assumir seus erros e, lamentavelmente, criam uma péssima impressão.
Quando agimos assim, falhamos no caráter, é preciso queiramos enfrentar a nós mesmos e para tanto é sempre bom começarmos a rever conceitos...
Aqui na Terra não há um só homem ou mulher que seja perfeito! Sendo assim, todos falhamos e é admitindo nossos deslizes no campo das experiências humanas, que aprendemos a contabilizar as faltas para corrigi-las.
O ato de assumir um erro é sinal de maturidade espiritual e quem erra só o faz porque está interagindo com a vida, quem precipita-se ao chão só o faz porque estava em movimento! Não faz o menor sentido escondermo-nos de nós  mesmos, pois o crescimento só acontece através das ásperas experiências e o fracasso também faz parte.
As pessoas que detectam em nós essa falha moral, muitas vezes esperam que tenhamos mais coragem.
O respeito e a admiração nascem muitas vezes da constatação de que o outro falhou, mas com naturalidade corrigiu-se. O que nos causa admiração nas pessoas de nosso convívio muitas vezes, é a capacidade que elas têm de superar-se, de mostrarem-se frágeis sem sentir por isso vergonha, já que a fragilidade é comum na criatura humana.
E como não paramos de evoluir e de caminhar pela estrada que conduz à evolução, necessária é a auto correção.
Para quem acredita em reencarnação, é muito importante nos conhecer cada vez mais e desenvolver em nós humildade. Nas estradas da vida, quem não tem humildade passa por muitas dificuldades.

Namastê!

Letícia E. Gonçalves




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