domingo, 4 de fevereiro de 2018

SER AMIGO DOS FILHOS



Da amizade verdadeira e superior é que estamos falando. Do respeito e do carinho, da sublime missão de educar e preparar outro indivíduo da melhor forma possível e dentro das Leis Universais do Amor. Amor esse que a tudo vence e consegue dar moldura nova para a alma.
Maternidade e paternidade são missões divinas, chega a ser para os mais realistas, uma responsabilidade severa, cheia de desafios e recheada de preocupações, mas que enobrece todo espírito que consegue abdicar de si mesmo em função da sublime escolha de educar e preparar o outro para a vida. Quando a missão é cumprida esses heróis da resistência verão muito depois (no futuro) que valeu à pena todo sacrifício e dedicação.

Na arte de educar os filhos os valores são repassados de geração em geração, são tão importantes para a formação dos pequeninos para a formação do caráter. São as constantes mudanças na forma de ser e agir, porque quem educa, também se lapida moralmente em nome do bom exemplo a ser dado, já que estamos em constantes transformações. Ninguém nasce sabendo e nenhum filho vem com manual de instruções!
É através do diálogo honesto e desprovido de humilhações, na conversação séria, firme e  edificante, que os filhos enxergam a superioridade de seus responsáveis, são exatamente os bons exemplos que “casarão” com os valores que foram ministrados em doses amorosas e que não se contradirão. A correção, os diálogos saudáveis, as admoestações desprovidas de violência verbal e física, mas fortemente enriquecidas pela força hierárquica e moral que se deve mostrar em momentos relevantes e a aplicação da disciplina, são a tônica para que esses filhos cresçam equilibrados e saudáveis emocionalmente.
Não há perfeição entre as pessoas, todos somos passíveis de erros, entretanto, só vencemos com êxito as missões que nos são confiadas pelo Alto quando colocamos acima de nossas necessidades, a dos filhos amados.
Filhos são almas que nos são emprestadas por Deus, a fim de que as auxiliemos no decurso da vida. A forma como os filhos falam ou tratam seus pais ou responsáveis, certamente nos mostrará como foi a educação dada, como foram as conversações e os exemplos de vida dentro do lar, se houve amor, carinho, respeito ou exatamente o oposto.
Ser amigo dos filhos é uma tarefa que exige inteligência, entendimento do que seria exatamente essa “amizade”, já que muitos confundem amizade com liberdade.
Os filhos devem ser vigiados com cuidado e amor, auxiliados em suas dúvidas, corrigidos e NUNCA podemos delegar a estranhos a educação de nossos filhos, essa é nossa obrigação! Eles certamente sentirão falta do apoio e aconselhamento paterno ou materno no decurso de suas vidas. Muitos se queixam que foram educados pelos empregados, pelas babás, pelos vizinhos, avós, tios, tias, etc. Que lhes faltou em muitos momentos o diálogo cativante, o apoio maternal, enfim, a amizade e presença de seus genitores.
Mas o que dizer de um mundo novo, onde as mulheres também exercem a função de trabalhadoras, competindo quase que lado a lado com os homens? Elas também estão no mercado de trabalho buscando o pão de cada dia e as realizações profissionais. Estão sendo cada vez mais exigidas, justamente porque podem ser mães! (direito à licença maternidade, entre outros) Mas é uma exigência injusta em um mundo ainda machista! É como se os empregadores do mundo todo (padrão seguido por muitos empresários) as quisessem forçar a escolher para não terem que arcar com despesas financeiras impostas pela Lei trabalhista, que são direitos adquiridos pelas mulheres e dizem: “ou a sua carreira profissional ou os filhos!”. Não é bem assim que acontece, meninas?
Como conciliar todas as tarefas que a vida moderna nos impõe? Como conseguir essa dedicação sem falhas? É ilusão pensar que não falharemos. O que podemos fazer nesses casos é aprender com nossos próprios erros, sem vergonha de começar de novo. Jamais esquecendo-nos de que as experiências no campo da vida proporcionam-nos maturidade, conhecimento e sem bem aprendidas, proporcionam-nos até sabedoria!

Evitemos as agressões físicas que traumatizam e afastam todas as possibilidades de uma amizade especial, isso traumatiza e afasta a possibilidade de muitos filhos confiarem e admirarem seus pais e responsáveis. Dessa forma estaremos dando o nosso melhor dentro das possibilidades de cada educador, e, preparando cidadãos mais conscientes e equilibrados, mesmo porque eles levarão o que aprenderam em casa para o convívio em sociedade.
Os pais em primeiro lugar têm muita influência na formação do caráter desses irmãos que Deus empresta-nos como filhos.
Respeitar os filhos é ação no dia a dia, é ver o filho como um indivíduo, como um ser humano que pensa e sente diferente, que tem ideias muitas vezes opostas, que tem gostos variados e justamente por isso não devem ser tratados como nossa propriedade. O respeito é atitude que exige  sensibilidade e estudo aprofundado por parte dos responsáveis sobre como querem preparar seus filhos, como querem interagir com eles no presente e no futuro quando estiverem mais velhos. Respeito é saber dar espaço para que sejam também ouvidos, para que possam interagir e adquirir personalidade própria. Respeito é também saber deixa-los fazer suas escolhas, isso faz parte do crescimento deles. Escolher por eles é permitir que fiquem dependentes e fujam mais tarde às responsabilidades.
A maioria dos pais sonham ver seus filhos como futuros advogados, médicos, engenheiros, juízes, delegados, empresários de sucesso, professores universitários, cientistas, políticos, presidentes, pilotos de aviões comerciais, artistas plásticos, dentistas, mestres cucas, estilistas de sucesso, repórteres famosos, etc., Este é um desejo nobre e justificável, já que os pais desejam o melhor para seus amados, mas é sempre positivo lembrar que é dando o bom exemplo e sendo a referência moral para eles que tudo isso pode sim acontecer, entretanto de forma saudável, permitindo que escolham suas profissões.
Quando os responsáveis dentro de um lar deixam de dar os bons exemplos de honestidade, de humanidade, de respeito, de desprendimento, de caridade, de religiosidade e de boa moral, tragédias pessoais acontecem e afetam os que estão à volta.  
Temos hoje em todo o mundo exemplos lastimáveis de médicos que estupram suas pacientes, de políticos corruptos que locupletam-se com dinheiro público em detrimento alheio, de engenheiros que visando apenas os ganhos financeiros, têm seus nomes envolvidos em escândalos como o de prédios mal edificados, em que os materiais de primeira linha são substituídos pelos de segunda e de terceira, de forma desonesta e interesseira em nome da ganância e da irresponsabilidade. Podemos citar também os cientistas que desenvolvem armas bélicas de alto poder de destruição, usando a inteligência para esses fins lastimáveis! Que pai  orgulhar-se-ia de um filho que participou da construção de um artefato nuclear projetado para matar milhares de criaturas inocentes? Qual pai orgulhar-se-ia em dizer: - “meu filho é um político corrupto” ou “meu filho é médico abusador de mulheres e agora está preso!”. Será mesmo que gostaríamos de falar aos quatro cantos, cheios de vaidade que somos pais de ladrões ou de assassinos? Creio que não. E sabem o por que? Porque os pais sempre sonham o melhor para seus filhos!
Tornam-se sonhadores desde o momento em que os pequeninos se aninham no útero materno. Querem o melhor e lutam arduamente para que não lhes falte o necessário e esfolam-se mais um pouco para que também não lhes faltem os mimos. Entristecem-se os mais pobres de recursos materiais com o peditório infantil em épocas de festas, como por exemplo, o natal, por não terem como lhes dar os brinquedos de sua predileção.
Seja amigo do seu filho! Seja justo, procurando amá-lo sem restrições, sem preconceitos e sem condições. Quando a paternidade e a maternidade batem-nos à porta, devemos modificarmo-nos e concentrarmos maior força nas virtudes superiores, isso nos ajuda a ter sabedoria para os desafios gigantescos da arte de criar filhos.

A amizade está acima da liberdade que fecha os olhos aos erros, está acima da má educação que mima e enfraquece a personalidade infantil, prejudicando o futuro adulto. Amizade, seria mesmo o conjunto de virtudes boas, organizadas e equilibradamente dosadas para cada fase da vida, dentro do Evangelho de Jesus ou de qualquer religião que nos torna melhor como seres humanos. Munidos de amor verdadeiro, com sabedoria e humildade para entendermos que não somos perfeitos, mas que podemos nos modificar moralmente educando-nos junto com os pequeninos em caminhada evolutiva para Deus!
Ninguém disse que essa nobre tarefa seria fácil... nem  impossível!

Reflitemos.

Letícia E. Gonçalves

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