sábado, 30 de maio de 2015

A VIDA NO PLANETA MARTE E OS DISCOS VOADORES - Aspectos humanos



PERGUNTA: Notamos que o irmão, quando se refere às coisas e seres marcianos, alude a aspectos translúcidos, deixando-nos a impressão de que se refere a uma luminosidade "extraterrena". Como poderemos assimilar a idéia desses aspectos translúcidos a que vos tendes referido diversas vezes.

RAMATIS: Cada planeta, seja a Terra, Marte ou Saturno, apesar de sua massa densa e obscura é, também, energia luminosa e translúcida, que se condensa e extravasa em radiação chamada "aura". Todo orbe que trafega no Infinito, além de sua luz cormaterial que lhe é própria, possui outra luz que se expande de sua intimidade, a qual é perceptível só aos clarividentes reencarnados ou aos espíritos de maior sensibilidade cósmica. Assim como o átomo é minúsculo sistema de planetas-eletrônicos, em torno de um núcleo "microssolar", dotado de energia ainda física e também de uma aura radioativa, a Terra faz parte de um sistema idêntico, porém macrocósmico, que é regido pelo Sol. Isto justifica o conceito de que "o que está em cima está embaixo" e o "assim é o macrocosmo, assim é o microcosmo". Como o átomo também é luminoso, de refulgência só perceptível no campo etérico ou astral da visão interna, todos os seres ou coisas do vosso mundo são portadores de "auras radioativas", que se compõem da soma de todos os átomos radioativos que palpitam na intimidade da substância. A Terra, conseqüentemente, possui a sua gigantesca aura radioativa, que lhe ultrapassa a configuração física e a própria atmosfera de ar, a aura que é a soma de todas as auras microscópicas e radiantes dos átomos existentes nas múltiplas formas da matéria. A proporção que as coisas e os seres se purificam intimamente, os "átomos luminosos-etéricos" vão predominando e sobrepondo-se na massa compacta que conceituais de "matéria". No conceito científico de que matéria é "energia condensada", também podeis conceber uma "luz etérica condensada", de freqüência vibratória além de vossos sentidos comuns, e que se constitui pelos "átomos-etéricos" que compunham a energia em liberdade.
Assim que a substância, que compõe os seres e as coisas, se vai refinando, despojando-se dos invólucros densos e obstruentes, essa "luz aprisionada" ou "luz etérica acumulada" também se vai polarizando em torno, visível já aos clarividentes e às criaturas que atuam psiquicamente além das fronteiras comuns do plano físico.

PERGUNTA: É esse o motivo por que mencionais muito a "luz polarizada" das coisas marcianas?

RAMATIS: Essa luminosidade que palpita por trás das formas materiais transitórias, tão intensa e pura quanto mais intimamente se possa penetrar da essência do espírito, vai-se tornando mais visível ou identificável, em concomitância com o progresso espiritual das criaturas. Mais profundamente, tereis que procurá-la, e a encontrareis, buscando maior intimidade com Deus, no ideal crístico que transforma o animal em anjo. O homem que em vosso mundo caminha exaustivamente no seio da floresta, abrindo extenso cipoal para encontrar a luz do dia, lembra o espírito fatigado, que peregrina através das configurações físicas, para, enfim, lobrigar a Luz do Criador. Jesus lembrou-vos significativamente: "O reino de Deus está em vós". Daí a pronunciada ascendência de luz que se revela nas atividades marcianas, na feição da citada "luz polarizada", porque se trata de um mundo límpido, sem as sombras de quaisquer paixões inferiores. E essa luz, mais atestável sob a visão psíquica, aumenta de pureza e intensidade à proporção que vos libertais das paixões de cólera, ciúme, ódio, luxúria ou perversidade; pois tais deprimências baixam o teor vibratório do magnetismo divino que interpenetra todos os seres, dando lugar às sombras espessas que afastam a alma da Fonte Refulgente do Pai. As desarmonias mentais ou psíquicas são emanações semelhantes às nuvens densas em dias ensolarados e que roubam ou absorvem os raios vitalizantes do Sol. A aura etérica e astral de Marte recebe, continuamente, o hálito perfumado da espiritualidade dos seus moradores; o seu ar magnético é pleno de eflúvios puros, ansiedades angélicas e júbilos afetivos, que exsudam dos conclaves de religiosidade pura, dos intercâmbios afetuosos e das realizações estéticas no reino das flores, da música e da pintura. A persistência sublime de "desejos ascensionais" e a procura constante de "mais luz" e "mais amor" geram sempre uma claridade eletiva para atrair a Luz Cósmica da intimidade de Deus.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O receituário mediúnico dos "pretos-velhos", índios e caboclos




PERGUNTA: Que dizeis sobre as receitas mediúnicas formuladas pelos espíritos de índios, caboclos ou "pretos-velhos", os quais, embora sejam leigos em medicina, prescrevem ervas, remédios caseiros ou homeopatia, que às vezes produzem curas extraordinárias?



RAMATÍS: São espíritos que estiveram reencarnados nesses ambientes de costumes um tanto primitivos; portanto, é natural que ainda se mantenham seus hábitos e convicções anteriores. Então, receitam infusões de ervas curativas, xaropes, fortificantes, homeopatia ou demais tipos de remédios para debelar os males do corpo físico. Aliás, esses espíritos mais caritativos e serviçais, depois de desencarnados, mobilizam no Além todos os seus recursos, no sentido de aliviar o sofrimento dos terrícolas, praticando um curandeirismo tão pitoresco quanto o a que já se haviam habituado na Terra. Muitos desses espíritos bondosos, mas ainda incapacitados para atenderem aos empreendimentos espirituais superiores, sublimam sua ansiedade caritativa na realização de tarefas a favor dos "vivos". Então, os guias espirituais aproveitam sua boa intenção e índole fraterna, embora ainda se trate de almas inexperientes e de graduação primária. Merecem-lhes todo o carinho e tolerância, uma vez que se devotam aos enfermos do corpo e espírito, quer ministrando-lhes o bom conselho, o medicamento e até protegendo-os contra o assédio das falanges trevosas.

Nas residências mais afastadas dos centros populosos, a homeopatia ainda é o socorro de urgência substituindo o médico ausente e atendendo desde o netinho endefluxado e o vovô reumático, até a titia vítima de pertinaz enxaqueca.

Embora reconheçamos sinceramente os benefícios salutares prestados pela medicina alopática, a verdade é que as crianças tratadas exclusivamente pela homeopatia livram-se das injeções dolorosas e das reações alérgicas e dos efeitos tóxicos causados pelos medicamentos corrosivos. A farmacologia alopática, malgrado o seu êxito, também, em certos casos, produz conseqüências agressivas e indesejáveis nos organismos mais sensíveis. Às vezes intoxica o fígado e provoca a inapetência, ou "falta de apetite"; doutra feita, congestiona os rins, normaliza o estômago, afeta o intestino, contrai o duodeno, mancha a pele, produz urticárias ou cefaléias características das opressões sanguíneas. Assim, a pobreza do vosso país prefere essa medicina pitoresca exerci da pelos espíritos de índios, caboclos ou "pretos-velhos", que ministram ervas, remédios caseiros ou homeopatia, no desejo louvável e cristão de servir o próximo sem interesse ou vaidade pessoal. Ansiosos em proporcionar o maior bem possível, eles servem-se tanto dos médiuns de "mesa" como de terreiro, pois só lhes importa exercer um serviço benéfico. Embora a medicina acadêmica censure esses espíritos, que realmente ignoram os recursos avançados da terapêutica moderna, o certo é que eles seguem humildemente o Mestre Jesus, quando recomendava: "Ama o próximo como a ti mesmo" e "faze aos outros o que queres que te façam".



PERGUNTA:  Por que, embora se trate de espíritos bondosos e caritativos, nem sempre os "pretos-velhos" ou caboclos conseguem o êxito desejado nas suas prescrições medicamentosas? Porventura não gozam da faculdade de premonição durante a sua assistência espiritual junto aos enfermos da Terra?



RAMATÍS:  São almas que servem o próximo de modo incondicional, deixando a Deus o cuidado de promover o merecimento de cada criatura, pois o seu princípio fraterno é sempre o de "ajude e passe". 1 Aliás, sabeis que os próprios espíritos angélicos não podem sustar as provas cármicas dos encarnados, quando o sofrimento humano tem por fundamento principal a redenção espiritual do enfermo.

sábado, 23 de maio de 2015

ANJOS REBELDES - II





O homem, como espírito encarnado, não precisa evoluir para "ganhar mais luz, nem morrer fisicamente para sobreviver em espírito, pois ele já vive na própria carne, a posse de sua essência indestrutível. A medida que o ser se purifica torna o seu perispírito mais transparente e por isso irradia mais luz, assim como a limpeza da lâmpada empoeirada proporciona maior amplitude ao foco luminoso. Deus é o fundamento indestrutível da consciência humana, por cujo motivo a "Gênesis" assegura que o "homem foi feito à imagem de Deus", e Jesus, mais tarde, confirma esse dístico, dizendo-nos: "Vós sois deuses!"
— Em certo ensejo de visita à Crosta, assisti trabalhos mediúnicos cujos videntes anunciavam quando o espírito "ganhava luz", de acordo com a maior ou menor aquiescência aos argumentos dos doutrinadores! — interrompeu belíssima jovem, cujo traje lembrava a tradicional samaritana bíblica.
Apolônio sorriu, dizendo, explicativo:
— Espírito atrasado é apenas a entidade de perispírito muito denso, devido a crosta de resíduos impuros ali aderidos ou petrificados sob o descontrole das paixões ou dos vícios deploráveis e da ignorância intelectual. O invólucro muito denso não deixa filtrar
para o exterior a chama de luz que palpita no âmago do próprio ser!
Depois de uma pausa significativa, e talvez analisando o efeito de suas próprias palavras, Apolônio concluiu:
— O espírito não "ganha luz" em determinada época de sua vida, porque já é entidade modelada na luz do próprio Deus! Quando o homem se animaliza, ele peca e adensa a sua vestimenta perispiritual reduzindo a irradiação de luz; mas' na prática das virtudes e na aquisição de sabedoria, então clareia o seu envoltório expandindo maior luminosidade. — Mudando o tom de voz, logo acrescentou — Bem, vamos tratar do assunto principal de nossa reunião aqui no "Anfiteatro das Papoulas". E concernente ao
futuro de alguns espíritos de-nossa milenária 'afeição. Subiu ao estrado e sentou-se na cômoda poltrona de matiz estranho luminoso, enquanto os outros espíritos acomodavam-se nos bancos recortados na luxuriante vegetação e próximos ao formoso lago enfeitado de papoulas. — A convocação de hoje é de avultado interesse para a metrópole sideral "Estrela Branca", centro diretor da colônia espiritual "Bem aventurança", em que estagiamos. Trata-se de um carma coletivo muito severo engendrado pelos "Senhores do Carma",
Terra, para o próximo século XX e com a finalidade de reajustar perante a Lei Espiritual milhões de espíritos endividados desde os templos bíblicos. (4) São liquidações de tropelias,. morticínios e massacres cometidos por milhões de seres desde-a época de David, o filho de Salomão, o qual também renascerá na Crosta tornando-se o "detonador psíquico" das provas aflitivas dos próprios comparsas do passado, os quais, em sua maioria, envergarão o traje carnal da raça judaica.
— Evidentemente, o general que engendra a destruição é. o principal responsável por morticínios, atrocidades e injustiças dos seus soldados, não é assim? — indagou um espírito devasta cabeleira grisalha, cuja vestimenta branca e de talhe nazarenico era recoberta por um belo manto azul marinho. — Sem dúvida, o general é o responsável pela "permissão"' concedida aos seus comandados para praticarem vinganças e crueldade sobre os vencidos. Mas é evidente que os soldados também gozam do "livre arbítrio" para cumprir ou rejeitar a ordem cruel e destruidora do comandante, pois isso é problema de responsabilidade de cada combatente. Há guerreiros inspirados por bons sentimentos que poupam os vencidos, enquanto outros vazam o ódio e as frustrações deles na sanha destruidora de massacrar velhos, crianças e mulheres indefesas. Porém, nenhum soldado é obrigado a incendiar ou tripudiar sobre os lares dos vencidos, massacrar os habitantes pacíficos, como ainda acontece nas guerras terrenas, porquanto isso é decisão íntima e pessoal do combatente, em vez de atribuí-la à responsabilidade exclusiva do general-comandante.
— Porventura, o soldado não é obrigado a cumprir as ordens do comandante? O pelotão de fuzilamento encarregado de executar criminosos sentenciados pelo poder civil ou inimigos punidos pelo poder militar de segurança pública, deve recusar-se a cumprir os ditames da Lei? — objetou um espírito majestoso, com os trajes característicos de um árabe. Apolônio sorriu, e fazendo um gesto compreensivo com a cabeça, respondeu:
— Meus irmãos: mata quem quer! Alguém poderia obrigar Jesus, Buda, Francisco de Assis ou Ghandi a matar, mesmo oficialmente? Acaso eles seriam capazes de trucidar crianças, mulheres ou velhos indefesos, só porque estão' autorizados pelo comando superior?
Quem poderia conceber o amorável Jesus na mira de um fuzil, tentando acertar no coração de um sentenciado?
— Bem, — insistiu o árabe — Sem dúvida, esses espíritos jamais praticariam qualquer ato de destruição. Mas que devem fazer os soldados submissos a um comando tirano e cruel?
— Isso é decisão íntima de cada combatente, pois ele tanto pode optar pela atitude pacífica do Cristo e pc-doar o vencido, ou trucidá-lo obedecendo aos chefes belicosos e vingativos. Em qualquer momento o homem dispõe do direito de matar para não morrer, ou morrer para não matar! Indubitavelmente, isso há de variar conforme o seu maior ou menor apego à vida carnal, porque Jesus não só valorizou o preceito pacífico do 5.° mandamento, "Não Matarás", assim como afirmou, "Quem perder a vida por mim, ganhá-la-á".
(5) Caso todos os soldados se recusassem a matar, contrariando as ordens cruéis dos comandos perversos, é óbvio que as guerras também se extinguiriam por falta de agentes de destruição. Temos o exemplo das legiões de Maurício: convocadas para destruir, preferiram morrer em vez de matar! (6) Enquanto os ouvintes silenciavam, meditando nas palavras expressivas de Apolônio, ele mudava o curso da palestra e prosseguia:

segunda-feira, 18 de maio de 2015

"Enfermidade cármica resultante de fluído mórbido, proveniente de atos negativos do espírito encarnado"





Quando esse fluido enfermiço, produto dos maus pensamentos, das más palavras e dos atos físicos de prejuízo ao próximo, desagrega-se do períspirito imortal, atraído pelo magnetismo do corpo físico, então afeta o campo celular do homem, reduz a taxa de prana, diminui a oxigenação e aumenta o carbono, lesando o núcleo das células. Tratando-se de um procedimento cármico contra o princípio positivo e criativo da própria vida, do qual resultam impactos de cargas fluídicas negativas, que diminuem a assimilação prânica, então, se produz a conhecida anomalia cancerígena, o temido câncer, que tanto mais se alastra quanto a humanidade se atira famélica à pilhagem, ao prejuízo e à maldosa competição humana.
No desespero de sobrevivência, as células do organismo humano entram num processo aflitivo de multiplicação desenfreada, a fim de aproveitar o oxigênio deficiente, uma vez que a redução de prana e a queda de voltagem etereofísica extinguelhes o "sopro da vida". Então, numa verdadeira atividade delirante em busca da vida, a finalidade de sua existência, elas se reproduzem, agrupam-se, desarmonicamente, e, depois, com a falta de nutrição adequada, extinguem-se exaustas na luta inglória pela sobrevivência.
Os médicos, no louvável esforço de debelar o câncer, após exaustivas pesquisas, têm aventado várias hipóteses e possíveis identificações da causa, atribuindo a responsabilidade mórbida a vírus, enzimas, alteração metabólica, corrosividade química, fumo e outras origens enfermiças. Mas essas causas, malgrado certos êxitos de laboratório, são desencadeantes ou derivadas do câncer, cuja origem real é o fluido enfermiço e negativo, que desce do perispírito para o corpo físico.
Daí o motivo por que a ciência terrena, todos os anos, presume descobrir vacinas, células vivas, minerais absorventes, seivas de vegetais, ácidos, disciplinas nutritivas, bloqueios cirúrgicos, aplicação de cobalto e outros recursos da física nuclear, que semeiam a esperança nos cancerosos, mas em breve tudo volta à estaca zero. Afora os casos em que a toxicose perispiritual já se encontra em vias de se esgotar, diminuindo a drenagem  enfermiça, e que ocorrem algumas curas cirúrgicas, terapêuticas e mesmo surpreendentes, em nada se alteram as estatísticas alarmantes. O câncer, de um modo geral, ainda continua enigmático. Aliás, assim como os micróbios só proliferam depois que surge o clima nutritivo propício à sua progênie, os diversos elementos químicos, orgânicos, enzimáticos ou viróticos encontrados como excrescências ou base das formações cancerígenas, são apenas efeitos secundários lesivos, e jamais a origem mórbida fundamental e autêntica do câncer.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

ANJOS REBELDES - I





Uma doce claridade banhava a formosa e terna paisagem imersa numa cor de suave rosa-lilás mesclado de alguns revérberos argênteos. A clareira atapetada pela grama suave verde era cercada de pequenos bosques de arbustos anões, mas recamados de flores na forma de campainha, de um matiz azul turqueza e veludoso, decorado pelos estames de um branco lirial na corola, que exalavam o agradável perfume do jasmim terreno. Inúmeros bancos recortavam-se caprichosamente na própria vegetação de um verde-escuro, cujas folhas miúdas lembravam sensitivas esmaltadas de estrias esbranquiçadas. O conjunto formava delicado anfiteatro a convergir para um estrado de substância translúcida de cor topázio. Sobre o mesmo havia uma espécie de mesa, num belo matiz salmão, com um jarro de líquido esmeraldino e ladeado por uma poltrona.
Ao fundo desse panorama do astral superior, percebia-se a moldura cinza lilás das colinas sobressaindo-se à luz cambiante irradiada pelo Sol. A direita, pequenino lago de água prateada e marchetada pela irradiação das flôres, recortava-se na forma de delicado coração emoldurado pelo cinturão de papoulas vermelhas a cintilarem como fogaréu vivo. Algumas árvores de fôlhas sedosas e finas, num matiz verde palha lembrando aos chorões terrenos, pendiam a vasta cabeleira sobre o lago. A esquerda, o solo descia em brando declive, pejado de arbustos pequeninos e carregados de flores miúdas, cujo miolo encarnado brilhava à semelhança de rubis vivos entre as pétalas rosadas.
Cariciosa melodia, em doce cavatina, esvoaçava sare a paisagem sublime e agradável, provinda de violinos e violoncelos invisíveis tocados por mãos angélicas e sob o contra-canto de vozes infantis, que fortaleciam a venturosa paz dê espírito.
A doce harmonia ainda vibrava no ar, quando se ouviu vozes aproximando-se acompanhadas de alguns risos e exclamações. No cenário maravilhoso, junto ao lago e anfiteatro de bancos recortados na própria vegetação sedosa verdejante, surgiram doze espíritos nimbados de luzes coloridas. A seguir rodearam um velhinho de cabelos esbranquiçados, compridos e' cortados à nazarena, a barba curta e repartida ao meio. As feições rosadas davam-lhe o aspecto de uma figura de porcelana translúcida. Vestia uma túnica alva até os pés, cuja barra larga era bordada de relevos em azul índigo, lembrando as volutas e os rendilhados das roupas assírias. Ele calçava sandálias franciscanas, mas pretas e bordadas com fios dourados. Apesar da figura idosa era lépido e seguro nos movimentos. Os olhos eram vivos e claros, como duas esmeraldas líquidas à sombra dos supercílios nevados.
Ele se distinguia dos demais espíritos pela intensidade de luz e dos reflexos de cores semelhantes ao arco-íris a refulgir-lhe até a altura do peito, esbatendo-se, depois, num amarelo dourado em torno da cabeça venerável As próprias mãos despendiam eflúvios safirinos e lilases, colorindo um comprido rolo que ele segurava, muito semelhante aos papiros egípcios.
Quando todos os presentes se acomodaram nos bancos verdejantes, o venerável ancião iniciou a palestra: (1)
— Eis as recomendações que enderecei à Terra, ao grupo espírita mediúnico "Os Nazarenos", a fim de se esclarecer, em definitivo, a questão do espírito só "ganhar luz" à medida que evolui. A luz é inata a todo ser e não provém de qualquer condição graduativa posterior e conquista pessoal extemporânea.
--- Já era tempo! — redarguiu outro espírito, um belo jovem envergando rico peplo côr de âmbar, cujos cabelos negros, e sedosos eram atados por um laço a "la grega".
--h Não ignoramos que ainda são poucos os terrícolas realmente interessados no conhecimento sensato e lógico da imortalidade. Os estudiosos ligados às nossas colônias siderais, em serviço de esclarecimento na Crosta, queixam-se da hipnose dos próprios espíritas, bastante escravos das paixões transitórias do reino animal.

terça-feira, 5 de maio de 2015

LIBERTAÇÃO

A alforria da alma depende do próprio ser. do tempo, e de Deus. Compreendendo que estamos vinculados, desde o princípio por leis irremovíveis, quase nada poderemos fazer por nós próprios^ Porém, é de ordem comum que façamos os nossos deveres perante o tempo, a consciência e o Pai Celestial.
Parece, à primeira vista, de difícil compreensão, mas não o é desde que tenhamos alguns princípios dos conhecimentos reguladores da própria vida. A libertação se empenha na exuberância das qualidades evangélicas, para que se possa usar as multiplicidades dos seus dons. A liberdade é posição grandiosa na existência de cada um Destarte, a lei nos pede responsabilidade. Sem ela, a ordem torna-se utopia. Quanto mais nos envolvemos na ignorância, mais nos tornamos escravos das forças inferiores. Liberados, passamos a ser dirigidos pela luz do Bem, como servos do amor.
Nunca ficaremos livres da influência da causa primária de todas as coisas e isso é para o nosso próprio bem. Somos libertos pelas leis menores, que obedecem ás leis maiores, dirigidas e sustentadas pelo Grande Arquiteto do Universo. Somos vassalos de Deus Sua criação e filhos eternos, dentro da eternidade da vida. O melhor para nós outros é a perfeita obediência. Ser-nos-á dado muito com esse procedimento, quando não é acrescentado mais a favor das nossas necessidades.
A razão nos traz muitos problemas para que possamos despertar algumas qualidades em sono profundo na consciência ou super-consciência. O raciocínio levanta a fronte da alma, olha os céus e as estrelas e quer dominá-los, quer ser o senhor e avança em todas as direções do saber. Não obstante, esquece que está sendo dirigido também pela Inteligência Maior, nas sutilezas do silêncio. É por ordem do progresso que amamos a libertação. Não somente nós, mas a própria natureza em profusão, os peixes, os animais, as aves e mesmo o vegetal, visto que guardamos a semente no seio escuro da terra, prisioneira do solo, e ela quebra as grades das junções de argila e se liberta no panorama divino, vendo o sol e sentindo o ar puro. No entanto, por leis maiores, continua presa à terra para o seu próprio bem. Quando se desliga, morre.

EXUS - AGENTES DA JUSTIÇA DIVINA NA UMBANDA



sábado, 2 de maio de 2015

O Doutor “Cura tudo”!





Mais uma vez, desejamos informar sem a pretensão de julgar ou criticar nossos semelhantes, mesmo porque somos ainda tão imperfeitos, que devemos nos colocar em posição de quem quer aprender e se corrigir para evoluir!

O título do texto que segue, sugere reflexão e auto observação, principalmente quando estamos médiuns. 
A Apometria veio como valiosa ferramenta para transportar- nos para um novo ciclo, uma nova fase onde o estudo e o comprometimento responsável permite nos auxiliar mais e mais nossos irmãos. Infelizmente em alguns casos (grande maioria) encontramos os doutores que “curam tudo”... Quem seriam eles?
São antigos adeptos da magia negra (vidas passadas), mas que em tempos atuais, já em nova roupagem física, utilizam-se da apometria entre outros conhecimentos para exaltar ainda mais sua vaidade e pseudo sabedoria.
O doutor “cura tudo” é ao nosso ver o incauto disfarçado de sábio, que dispondo de pouca sabedoria, mas de muito conhecimento comete erros grosseiros e transgride a Leis de Deus, em nome de uma falsa caridade. Alegam “saber” o que fazem, tratando de encarnados e desencarnados sem prévia autorização. Recebem “autorização” dos parentes aflitos, que iludidos e à beira do desespero vão em busca do socorro seduzidos pela promessa de “cura”, para seus entes... Dão nomes, pedaços de cabelos, roupas, objetos de uso pessoal, entre outros (em segredo) para que estes irmãos curem o alcoolismo, a Aids, o Câncer, a alergia entre outras enfermidades. Frequentam  e/ou somente de longe têm informações imprecisas e na maioria das vezes, descabidas/ridículas, mas que aos olhos dos leigos são relevantes.
Muito cuidado com estes grupos ditos de Apômetras, que se fecham em apartamentos, infectos e empoeirados, em ambientes completamente aquém do que nos é orientado pela espiritualidade do Plano Superior! Em nome de uma falsa moral, distorcem os ensinamentos contidos nos bons livros espíritas, seguindo iludidos e seduzidos pelos espíritos inferiores. Creem que podem curar os enfermos de suas mazelas redentoras, dos males que lhes vêm para a limpeza psíquica necessária, etc.
Estes falsos médiuns já se esqueceram de se auto avaliar e da reforma íntima, pois muitos julgam-se superiores, afirmam sem modéstia alguma, serem missionários... Acreditam ser seres superiores, dotados de faculdades “especiais” e amparados pelos espíritos luminosos que compõe o exército de Jesus Cristo.
Com toda esta vaidade mergulham cegos no orgulho e permanecem assim por anos.
É bom que saibamos que, não existem milagres, e, que os males que nos batem à porta, são os verdadeiros tratamentos de desintoxicação para nossa alma.
Está claro que a enfermidade causa dor e medo. Obviamente ninguém gosta de sofrer e é positivo buscarmos pelo tratamento terreno e espiritual, conforme nosso merecimento. Mas é altamente relevante que busquemos por ambientes sérios, cujos médiuns são responsáveis e estudiosos. Nada de buscar auxílio com grupos que “trabalham,” em grupos fechados instalados em apartamentos ou escritórios comerciais, que durante a noite, viram verdadeiros consultórios espirituais! 
Meus irmãos, a boa observação é a luz que nos mantém na estrada... Nada de deixarmos que o desespero nos invada a alma e com isso nos cegue, busquemos com calma os meios de auxílio mais seguros e sérios, façamos uma pesquisa apurada dos ambientes e das casas espíritas sérias e comprometidas com a caridade com Jesus!

Mente Divina




A Terra é um comboio que viaja no cosmo sem interrupção física. A sua parada significa morte, pois a vida mecânica do Universo se baseia no cinetismo. No entanto, em se tratando das coisas espirituais, da filosofia espiritualista, dos avanços evolutivos da humanidade, ela, de vez em quando, chega às estações do larga-e-pega, deixando rebanhos. E rebanhos vão sendo sucedidos, em fases diferentes da vida. Já se aproxima uma época profética dessas. Começamos a entrar no grande pátio da parada, por lei, e as trocas já se iniciaram, até o fim deste século. Pelo começo do outro, todos os passageiros serão modificados ou substituídos. A mente humana está decrescendo e, a cada dia que passa, ela vai perdendo terreno, nas suas injunçôes inferiores, cedendo lugar â Mente Divina, pela qual, será instalado, na Terra, o Reino de Deus e, na consciéncia.o Céu.
Devemos muito ao grande operário do Senhor, o Cristo, que com os seus trabalhadores, iniciou a destruição das casas velhas edificadas na areia da
corrupção, traçou planos para novas construções, edifícios que se aprumam em direção ao céu, interligando este com a Terra, de modo que os que estão embaixo entendam quem está em cima.
A mente humana constitui uma área imensa, velha e desfigurada pelo abuso das forças empreendidas pela inteligência, sem a participação dos sentimentos, que agora começam a ceder lugar aos agentes da luz, adubando terrenos, fertilizando ambientes, irrigando alas disponíveis e tratáveis, para que o Grande Semeador não perca mais o seu tempo de semear. É chegou a época de as sementes frutificarem na medida que o Evangelho espera de nós - cem por cento.
Alinham-se esforços em todas as direções. E, para todos os acontecimentos do fim de uma era, a vontade do homem é impotente. Ela pode, bem educada, ajudar em determinados alívios, predispondo os corações preparados para a fé, para a confiança, para a altivez espiritual, em qualquer lugar em que estejais. Nunca mudemos as direções dos planos de Deus nas sequências evolutivas. É justo que compreendamos o nosso quinhão de valores e de deveres, sem que a vaidade nos induza a ultrapassar os limites das nossas obrigações. Se, porventura, tentarmos, causaremos reversões nas forças e elas se enfurecerão conosco, em detrimento da nossa paz.